domingo, 15 de março de 2009
Lobo, predador ou presa?

Quando nos reunimos para decidir qual a situação contextualizada que pretendíamos explorar no Concurso – Convivência Homem – Grandes Carnívoros Europeus, de imediato nos pareceu que o Lobo ibérico seria uma escolha adequada, dado que a sua interacção com o Homem nunca foi amistosa.
O uivar de um lobo depressa nos traz à memória histórias arrepiantes, onde os lobisomens adquirem especial destaque, histórias como a do Capuchinho vermelho, onde o lobo aparece como o terrível vilão que dilacera a pobre avozinha ou lendas que atribuem a esta espécie carácter satânico e sanguinário.


Não deixa de ser curioso que apesar de não haver registo factual de ataques ao ser humano em território nacional, a imagem negativa do lobo permaneça na mente da maioria das pessoas. Se por um lado é aceitável alguma antipatia por parte das populações que habitam na proximidade das alcateias que ainda sobrevivem, dados alguns estragos e perdas de bens, não é compreensível que se continue a atribuir pouca importância à aplicação de medidas que visem uma convivência mais harmoniosa.
Assim poder-se-ão levantar a seguintes questões: Será o lobo um predador que assume o topo de algumas das cadeias alimentares ou uma presa da crescente humanização da paisagem natural? Continuará este a ser perseguido pelo preconceito humano enraizado na ficção e na tradição popular?

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