
Neste fim-de-semana os Lifesavers fizeram a sua primeira grande viagem rumo ao Gerês.
O primeiro dia foi cansativo, mas particularmente produtivo. Encarámos esta oportunidade como uma excepção, dado que gratuitamente tivemos acesso a um dos encantos do Gerês – o Fojo do Soajo – um verdadeiro
ex libris, que assinala a relação delicada entre o Homem e o lobo, tendo o primeiro investido majestosamente na construção de peças arquitectónicas, com o intuito de eliminar alguns exemplares dessa espécie animal. Para isso contámos com a colaboração de Pedro Alarcão (ex-jornalista e investigador, que em Novembro de 1999 decidiu escolher uma das alcateias para iniciar o estudo da vida dos lobos), que se revelou um excelente guia e anfitrião.
O segundo dia consistiu na recolha de alguns testemunhos nas povoações de Fafião e Pincães, onde a ideia negativa da convivência Homem – Lobo saiu reforçada, quer pelos estragos impostos, quer pelos constrangimentos associados à reintrodução de lobos criados em cativeiro. As pessoas mostraram-se disponíveis e simpáticas.
Esta expedição serviu também para que o grupo se unisse, levando-nos a perceber que o trabalho em equipa pode acarretar pequenas divergências, as quais se podem ultrapassar com companheirismo e tolerância.
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O Lobo Cinzento é um mamífero selvagem que habita na Europa, Ásia e América do Norte. Esta espécie encontra-se extinta no Japão e na maior parte da Europa Ocidental. No território Norte-Americano apenas se encontram no Alasca. Na Europa ainda há lobos selvagens na Península Ibérica, Escandinávia, Itália, Grécia e Europa Oriental. A maior população de lobos cinzentos encontra-se na Rússia.

Têm uma boa visão, audição e faro muito apurados. Costumam caçar em grupo e alimentam-se de cervos, alces, carneiros, bisontes, pássaros, peixes e serpentes. Têm preferência por animais já feridos, velhos, doentes ou filhotes vulneráveis.
Estes animais vivem em grupos familiares denominados alcateias. Cada alcateia é liderada por um macho e uma fêmea alfa, que são também os reprodutores. Têm em média seis crias por ninhada que nascem cegas e sem defesas.
Todos os membros do grupo cuidam dos menores. A alcateia reveza-se patrulhando o seu território, caçando e tomando conta dos filhotes. Os lobos que chegam de uma caçada regurgitam pedaços de carne para os mais jovens.
Há também lobos solitários que uivam de forma a encontrar uma fêmea (ou macho) alfa, para formar uma nova alcateia. O seu uivo também é utilizado para comandar caçadas, pedir ajuda, marcar território ou chamar outros lobos.
Na Península Ibérica ocorre a subespécie Canis Lupus Signatus, vulgo Lobo Ibérico, com uma população de cerca de 2000 individuos, 300 dos quais habitantes do Norte de Portugal.
Apesar de todos os mitos acerca da sua perigosidade, o lobo é um componente muito importante na cadeia alimentar e a sua eliminação causa graves desiquilíbrios ecológicos.
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